Plano Municipal de Educação é debatido em audiência pública


Encontro proposto pelo vereador Professor Clusemar discutiu a elaboração do plano que vigorará pelos próximos dez anos

Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, 30/10/2025. A Câmara de Aparecida de Goiânia promoveu, na tarde desta quinta-feira, 30, uma audiência pública que discutiu a elaboração, monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Educação (PME).

A iniciativa foi do vereador Professor Clusemar, que presidiu o encontro. Também compuseram a mesa diretiva o vereador Tales de Castro, a professora Aline Caixeta, superintendente de Assuntos Educacionais e representante da Secretaria Municipal de Educação, o presidente do Conselho Municipal de Educação, professor Marcos Perpétuo, o Dr. Fernando Nader, gestor educacional da International School Brasil, a professora Maria Lúcia Pacheco, representando a UEG – Unidade de Aparecida, a professora Ailma Maria de Oliveira, presidente intersindical de Educação de Aparecida, a professora Valéria Morais da Silva, do CMEI Rotary e representando as instituições particulares de ensino, a professora Patrícia Carvalho, dentre outras figuras educacionais de Aparecida.

Presidindo a audiência, o vereador Professor Clusemar abriu a reunião lendo um poema em exaltação aos professores, fazendo alusão ao dia dessa importante classe, comemorado durante o corrente mês.

Em seguida, o professor Marcos Perpétuo falou da essencialidade da educação na vida de todos e destacou que a discussão de hoje é o momento de colocar isso em prática, elaborando mais um Plano Municipal de Educação para os próximos dez anos.

“Este é um espaço democrático de escuta e construção coletiva. Um momento em que a sociedade aparecidense se reúne para discutir o futuro da nossa educação com base nas diretrizes nacionais, reais e necessárias para o nosso município.”

Ele ainda explicou que o plano é o instrumento que orienta as políticas educacionais pelos próximos dez anos, estabelecendo metas, estratégias e ações que vão desde a educação infantil até a de jovens e adultos, passando pela valorização dos profissionais e pela inclusão social.

Explicou que a função atual é atualizar o plano, alinhando-o às novas diretrizes do Plano Nacional de Educação 2024/2034, em tramitação no Congresso Nacional. Disse que esse plano nacional é moderno e comprometido com a redução das desigualdades e o fortalecimento da educação pública, repensando o papel do Estado, das escolas e da comunidade na formação do cidadão crítico, autônomo e solidário. Ao adequar o plano municipal a esse novo contexto, garantirá que a cidade caminhe em sintonia com o país, assegurando políticas integradas, metas realistas e estratégias exequíveis, planejando a educação como política de Estado e não de governo, independente de mudanças na gestão.

Ele também falou sobre a evolução da educação em Aparecida, com suas melhorias, mas sem deixar de lado os desafios que persistem, como a ampliação do acesso à educação infantil, especialmente de 0 a 3 anos, a melhoria do índice de alfabetização na idade certa, o fortalecimento do ensino fundamental e médio, garantindo permanência e aprendizado efetivo, a valorização dos profissionais da educação, o investimento em infraestrutura e inovação pedagógica e a promoção da equidade.

A professora Aline Caixeta, representando a secretária municipal de Educação de Aparecida, Núbia Farias, usou uma citação do educador Paulo Freire para exaltar o formato da audiência pública como forma de construção coletiva, dando voz às pessoas, em um momento de elaboração de um plano que perdurará pelos próximos dez anos.

“Que seja dialogado, construído de forma coletiva, e que possa trazer os anseios dos nossos pares para esse planejamento, que é um ato próprio da nossa área, que é planejar”, discorreu.

No mesmo sentido, o vereador Tales de Castro pontuou que a Câmara é a Casa do debate, da discussão, da escuta e que deve ser a Casa da participação popular.

“Hoje é uma ocasião muito especial, que é debater um plano que durará 10 anos. E não tem como discutir uma sociedade melhor, com mais qualidade de vida, se a gente não colocar educação na centralidade dessa discussão”, afirmou o vereador, que lembrou de quando esteve na vice-presidência da UNE, entre 2007 e 2009, quando debateram o Plano Nacional de Educação, e que os mesmos desafios da época ainda persistem, como garantir um orçamento robusto para a educação em nível de país, estados e municípios.

A presidente intersindical de Educação de Aparecida, Ailma Maria de Oliveira, falou da importância de que as conquistas obtidas com a Constituição Federal de 1988 e a LDB de 1996 sejam respeitadas, mas destacou que, infelizmente, ainda há muito para avançar. Também mencionou que o combate à violência nas escolas e a inclusão passam, obrigatoriamente, pela valorização dos profissionais da educação, que estão no chão das escolas. Ela também citou a importância de a comunidade escolar estar completamente envolvida, o que inclui os conselhos de pais.

O gestor educacional Dr. Fernando Nader, que também é médico, afirmou que o nível educacional deve ser avaliado pelo reflexo social, e não apenas por provas, observando índices de violência, comportamento dos jovens, relações sociais, entre outros aspectos.

“A educação é a base e o fim de tudo, e, pelo novo Plano Nacional de Educação, a base está dentro das escolas, mas, na verdade, está dentro da família”, afirmou, ressaltando que a função da escola é entender, reforçar e garantir valores ligados à família.

Vários outros educadores presentes também fizeram uso da palavra e apresentaram suas contribuições para o debate sobre o Plano Municipal de Educação, incluindo uma exposição sobre o PNE que tramita em Brasília e as diretrizes que ele preconiza para a elaboração do plano municipal.

Departamento de Comunicação (3283-2525)

Diretora de Comunicação – Thais Vaz

Assessor de Comunicação – Paulo Cavalcanti

Fotógrafo – Marcelo Silva